Entrevista e Editorial para a Fearless Magazine Edição #4
Fotografia: Victor Reiz
2019
ser uma pessoa negra, ser uma pessoa trans, é ter a consciência de que ou criamos nossos próprios espaços de pertencimento, nossos ylês, quilombos onde a permanência & acolhimento das nossas é irrevogável ou continuaremos sempre na subalternidade, sem teto, sem chão, sem lugar.
na casa dos ''outros'' somos a ''cota'' que tem se tornado chavão pra diversidade & ''inclusão'', usadas para validação e descartadas na mesma mão como meras peças substituíveis nesse grande jogo de ilusão. imagina que branco ainda acha que tá dando ''oportunidade'' pra gente sendo que estamos retomando os espaços através de muita luta, denúncias & AÇÕES afirmativas de inserção. cês não tão fazendo nada que não seja obrigação. o poder da coletividade é sobre criar uma estrutura de força & afeto pra resistir num mundo onde ainda precisamos lutar pelo direito básico de simplesmente existir, é sobre a partir do ''nós'' ser possível a construção e abertura de novos caminhos pras singulares & múltiplas corpas. elas por elas!